quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Porque hoje é o nosso dia...


Hoje podia fazer-te um poema pois talvez o amanhã assim o mereça, no entanto cada palavrinha trocada é apenas uma personificação do sentir partilhado.

Não precisamos de verbalizar nada… nada precisa de ser dito, tudo aquilo que é dito é apenas mais uma confirmação.

Talvez por isso hoje não te diga "amo-te", porque nem sequer isso precisa de ser dito entre nós.

Mas hoje e amanhã quero estar apenas contigo, sentir o teu olhar quente, esse olhar que me embala e me deixa finalmente repousar em tranquilidade.

Hoje e amanhã quero dizer-te tudo sem utilizar uma única palavra… porque ela nem sequer existe, essa tal palavra. Ela é apenas mais um pormenor nesta doce história.

O ontem corporalizou aquilo que no hoje sinto falta mas que amanhã será uma realidade… apenas Tu existes nesse pedaço… nesse nosso dicionário!


By Primeiro Zum

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Bonne Année 2007


Des yeux qui font baisser les miens
Un rire qui se perd sur sa bouche
Voilà le portrait sans retouche
De l'homme auquel j'appartiens
Quand il me prend dans ses bras,
Il me parle tout bas
Je vois la vie en rose,
Il me dit des mots d'amour
Des mots de tous les jours,
Et ça me fait quelque chose
Il est entré dans mon cœur,
Une part de bonheur
Dont je connais la cause,
C'est lui pour moi,
Moi pour lui dans la vie
Il me l'a dit, l'a juré
Pour la vie.
Et dès que je l'aperçois
Alors je sens en moi
Mon cœur qui bat.

Des nuits d'amour à plus finir
Un grand bonheur qui prend sa place
Des ennuis, des chagrins s'effacent
Heureux, heureux à en mourir

sábado, dezembro 23, 2006

FELIZ NATAL

Chove. É dia de Natal.
Lá para norte é melhor:
Há neve que faz mal,
E o frio que ainda é pior.

E toda agente é contente
Porque é dia de o ficar.
Chove no Natal presente.
Antes isso que nevar.

Pois apesar de ser esse
O Natal da convenção,
Quando o corpo me arrefece
Tenho o frio e Natal não.

Deixo sentir a quem a quadra
E o Natal a quem o fez,

Pois se escrevo ainda outra quadra
Fico gelado dos pés.

Fernando Pessoa



Beijos

Segundo zUm

quarta-feira, novembro 08, 2006


Ainda sinto o teu toque. Como se ainda estivéssemos de mão dada.
Senti-me húmida, molhada. Consegues surtir-me esse efeito. Consegues deixar-me louca. Só com o olhar, quanto mais com o toque.

Penso no dia em que os nossos corpos se unirem. Seremos um só, como se não houvesse amanhã, como se não existisse mais nada, mais ninguém.

Não queres tentar alguma coisa para ver no que dá? Nem que seja só um único beijo…
Preciso saber o que pensas em relação a este pecado carnal.

Quando estou contigo frente a frente, quando me olhas nos olhos, quando te aproximas, não consigo ter pensamentos ingénuos. Não consigo colocar de parte este desejo em te sentir.

Quero fazer-te explodir de prazer. Quero fazer despoletar em ti a loucura mais bem guardada no teu mundo perfeito de fidelidade aos teus princípios morais.

Cada vez tem sido mais difícil para mim guardar este desejo, esta atracção.
Não sentes o mesmo?

sexta-feira, novembro 03, 2006

Para bom entendedor meia palavra basta


Pesquisar: v. tr. Inquirir; investigar; esquadrinhar.

Inquirir: v. tr. Colher informações sobre; indagar.

Investigar: v. tr. Indagar; pesquisar; inquirir.

Indagar: v. tr. Procurar descobrir; investigar.





Encontrar: v. tr. Topar com; ir de encontro a; achar.

Achar: v. tr. Encontrar; julgar; averiguar; verificar.

Conseguir: v. tr. Entrar na posse de; obter; alcançar.

Obter: v. tr. Alcançar; conquistar.

Alcançar: v. tr. Apanhar; conseguir; agarrar; abraçar; abranger; (fig.) perceber; atingir; intr. Ficar grávida.



Conclusão:
Lento: adj. Vagaroso; pachorrento; tardio.
Beijos brincalhões
Segundo zUm

sábado, outubro 28, 2006

Ainda queremos!!!!!!!!!!

quinta-feira, outubro 19, 2006

És a minha Rosa...

Só tu, sim TU!!!

Na palma da minha mão cabem todos... mas tu és aquele que agora me faz cocegas na alma... e por isso, há que descer à inocência, colher o âmago da vontade e repartir o sorriso do sentir!

Até breve...

Queria deixar-te um pouco do tempo que ainda falta para os olhar encontrar novamente o repouso...


"- Quem és tu? – perguntou o principezinho – És bem bonita.
- Sou uma raposa – disse a raposa.
- Anda brincar comigo – pediu-lhe o principezinho. – Estou tão triste…
- Não posso ir brincar contigo – disse a raposa. – Ainda ninguém me cativou…

(…)

- «Cativar» quer dizer o quê?

(…)

- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu – disse a raposa. – Quer dizer «criar laços» …
- Criar laços?
- Sim, laços – disse a raposa. – Ora vê: por enquanto tu não és nada para mim senão um rapazinho perfeitamente igual a cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto eu não sou para ti senão uma raposa igual a cem mil raposas. Mas, se tu me cativares, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E eu também passo a ser única no mundo para ti…
- Parece-me que estou a perceber – disse o principezinho. – Sabes, há uma certa flor…tenho a impressão que ela me cativou…

(…)

- Se faz favor…Cativa-me! – Acabou por pedir.
- Eu bem gostava – respondeu o principezinho, – mas não tenho tempo. Tenho amigos para descobrir e uma data de coisas para conhecer…
- Só conhecemos o que cativamos – disse a raposa. – Os homens deixaram de ter tempo para conhecer o que quer que seja. Compram as coisas já feitas aos vendedores. Mas com não há vendedores de amigos, os homens deixaram de ter amigos. Se queres um amigo, cativa-me!
- E tenho de fazer o quê? – Disse o principezinho.
- Tens de ter muita paciência. Primeiro, sentas-te longe de mim, assim na relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não dizes nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas podes-te sentar cada dia um bocadinho mais perto…

O principezinho voltou no dia seguinte.

- Era melhor teres vindo à mesma hora – disse a raposa. – Por exemplo, se vieres às quatro horas, às três, já eu começo a estar feliz. E quanto mais perto for da hora, mais feliz me sinto. Às quatro em ponto hei-de estar toda agitada e toda inquieta: fico a conhecer o preço da felicidade! Mas se chegares a uma hora qualquer, eu nunca vou saber a que horas hei-de começar a arranjar o meu coração, a vesti-lo, a pô-lo bonito… Precisamos de rituais.

E o principezinho cativou a raposa.

(…)

- Anda, vai ver as rosas outra vez. Vais ver que a tua é a única do mundo. Quando vieres ter comigo, dou-te um presente de despedida: conto-te um segredo.

O principezinho foi ver as rosas outra vez.
- Vocês não são nada parecidas com a minha rosa! Vocês ainda não são nada – disse ele. – Ninguém vos cativou e vocês não cativaram ninguém. São como a minha raposa era, uma raposa perfeitamente igual a outras cem mil raposas. Mas eu tornei-a minha amiga e ela passou a ser única no mundo.
(…)
- Vocês são bonitas, mas vazias – insistiu o principezinho. – Não se pode morrer por vocês. Claro que, para um transeunte qualquer, a minha rosa é igual a vocês. Mas, sozinha, é muito mais importante do que vocês todas juntas, porque foi ele que eu reguei. Porque foi ela que eu pus debaixo de um redoma. Porque foi ela que eu abriguei com o biombo. Porque foi a ela que eu matei as lagartas (menos duas ou três, por causa das borboletas). Porque foi a ela que eu ouvi queixar-se, gabar-se e ate, às vezes, calar-se. Porque ela é a minha rosa.

Depois voltou para o pé da raposa e despediu-se:
- Adeus…
- Adeus – despediu-se a raposa. – Agora vou-te contar o tal segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos… (…) Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que a tornou a tua rosa tão importante."

In O Principezinho de Antoine de Saint-Exupéry

Ou então a minha raposa...

By Primeiro Zum



sexta-feira, outubro 06, 2006

S.O.S. PÃO DE FORMA



A Triologia procura um Volkswagen Tipo 2 (pão de forma) e pede a todos os presentes informações sobre uma possível barata compra (quase dada).

Beijos

Segundo zUm

sábado, setembro 30, 2006

Desejos...



"Querendo, mentalizamos; mentalizando, agimos; agindo, atraímos; e atraindo, realizamos."

de ANDRÉ LUIZ("Sinal Verde", cap. 24, edição CEC)

Segundo zUm

quarta-feira, setembro 06, 2006

Vou ter contigo...

Estou a olhar para esta paleta branca e só me apetece sorrir… e cada vez que penso nisso e em ti ainda mais me apetece rir. Não de ti, não de mim, nem sequer de nós. Mas sim e tão somente dos sentimentos. Aqueles que há tantos anos tive por ti. O tempo tem mesmo destas coisas fantásticas… refina as memorias do passado.

Penso que talvez nem sequer pertenças ao passado… talvez até sejas parte do meu presente.

Tenho saudades tuas… imensas mesmo. Do teu sorriso, mas principalmente do teu humor diabólico, arrasava qualquer um, e a mim também.

Tenho saudades também dele, desse humor… dessa partículas soltas de inteligência.

Como mudei… desde a ultima vez… Tanto, cresci tanto! Provavelmente tu também… o que terás mudado? Deves certamente estar mais rezinga e impertinente…

Tenho saudades de ver sapatos contigo… as famosas sandálias de 500 € de madeira!!! Que tanto nos horrorizaram…

Continuo a rir e a ter saudades, sobretudo das nossas conversas, das nossas implicações.

Tenho saudades da tua protecção tantas vezes paternalista… sempre quiseste que não me magoasse com nada, nem permitias que alguém o fizesse.

Penso, será que tivemos de ganhar asas, para aprender a voar?

Tenho saudades tuas… mas vou tratar disso!
By Primeiro Zum

segunda-feira, setembro 04, 2006

O tempo da mentira...

Às vezes questiono-me porque perdem as pessoas tanto tempo? Perdem tempo com elas próprias e fazem os outros perder tempo.

O sol brilha, os dias estão quentes, a alegria e a felicidade sentem-se no ar e o que mais importa é perder tempo.

Perdem tempo com merdas que não importa a ninguém nem sequer ao menino Jesus. Perdem tempo com mentiras, com histórias inventadas, com vidas ilusórias, com sentimentos inexistentes. Porquê? Para quê? O que será que ganham com essa perda de tempo? Vivem felizes? Sentem-se realizados?

Onde mora a honestidade e a sinceridade? Digo isto a nível pessoal. Será que sentem que estão a ser honestos e sinceros com eles próprios? Será que a sinceridade está na mentira? Será que a mentira está na honestidade? Ou será que só eles, é que não percebem que estão a perder o seu próprio tempo?

A vida corre tão rápido como um Alfa. Temos que estar atentos às paragens, porque em qualquer altura o comboio passa, não nos apanha e ainda nos consegue derrubar com a velocidade a que passa.

A todos os que perdem tempo com estas merdas, deixem-se de tretas, vivam a vida, sejam sinceros e honestos convosco próprios, porque provavelmente o comboio já passou pela vossa paragem e não vos quis apanhar.

Um beijo.

(escrito por uma mas assinado por todas!!!)

By Primeiro Zum

sexta-feira, setembro 01, 2006

Viver “platonizado”

Em pleno estado de graça com a minha própria pessoa, dou por mim a pensar naquilo que na realidade me faz sentir viva. Criar e viver as minhas histórias inventadas faz-me reviver o passado. Quase como um bilhete de avião directo à minha infância. Destino esse onde não há preocupações nem arrelias. O único objectivo é chegar à cama completamente cansada e pronta para passar umas valentes horas a dormir descansadamente.

Estimular a minha cabeça, já quase adormecida, com a tua presença nessas histórias, é o mesmo que tomar um analgésico em dias de enxaquecas. Tu és a medicação mais eficiente de se tomar em qualquer parte do mundo, em qualquer situação, em qualquer companhia. És o mais doce remédio que alguma vez já provei.

… Quer dizer… não sei… eu nunca te provei! Mas, é aqui que se percebe a potência de medicação que tu és! Mesmo sem ser inserido consegue fazer efeito.

Mais uma vez a escrever sobre ti! Parece que já vi isto em algum lado.

Esta minha paragem faz-me aperceber que para além do meu “actor fetiche” és também a minha musa inspiradora.

Tudo o que é platónico tem sempre o seu estado de estupidez e obscuridade. Quando damos conta estamos a ser atacados pelo monstro da patetice, onde um sorriso, um abraço, um olhar, um toque, uma única palavra faz despoletar uma esperança inexistente. O mais engraçado é que gostamos de viver essa mesma ilusão. Imploramos por essa vivência. De tal forma que nos deixamos ser atacados pelo dito monstro que nunca avisa quando está para chegar. Quando damos conta, não só já chegou como, já se instalou naquele canto mais refundido do nosso coração frágil e carente.

Em tempo de férias, passeia-se por varias localidades, cidades, países, mas nada comparada com este roteiro mágico sem destino nem estadia marcada. Esta viagem demorada, tendo como ponto de partida o S. Luís e o ponto de chegada um destino desconhecido e sonhador, é sem margem para dúvidas, a mais engraçada que alguma vez já fiz. Alias, que ando a fazer.

Recebo de braços abertos, cabeça erguida e pés bem amarrados ao chão, um futuro brilhante e sorridente, contando, claro está, com a tua presença.

Um beijo

sexta-feira, agosto 18, 2006

Tranca a porta e apaga as luzes...



Para encontrar a minha explicação para determinados acontecimentos da vida tenho que primeiro penar pelo calvário… são sempre actos solitários… vazios! Dói-me sempre muito a perda, o final de qualquer relação. Acho que não consigo muito bem acreditar em mim… e nos motivos que me conduziram até àquela queda. Tenho que ir ao mais negro que há em mim, e tudo o que existe brota… o lado mais lunar… mais sombrio.

E, esse acompanhou-me durante alguns tempos. Como também acompanhou a minha certeza no engano. Não em ti e naquilo que és, ou eras na minha vida, mas sim incrédula por ter acreditado tanto. Incrédula por me aperceber que eu me enganei tanto. A tua verdade é como tu és. E talvez fosse eu que não visse que a tua verdade foi para mim e durante algum tempo a mentira verdadeira mais bem contada.

Agora encontrei a paz. A minha paz… a de estar e ser na vida… sem enganos, sem falsidades. Não gosto de me ver envolvida em pegajosas mentiras.

Gosto da claridade em tudo… como estão comigo na vida e como são comigo! Só dessa maneira poderei amar alguém. Quando essa pequena coisa que é tanto para mim, falha, deixo de acreditar, em tudo, até mesmo naquilo em que acredito, tenho que descer ao inferno, apago o calor com as lágrimas, mas volto.

Depois de ter encontrado muitas explicações não só racionais como também de coração, o que mais tempo leva a curar é o facto de ter acreditado. O processo mais doloroso é comigo mesma… e com a minha ingenuidade.

Sinceramente, acredito que a verdade dói, pelo menos para ti! E, eu nunca vou deixar de ser aquilo que sou! Verdadeira, sincera…

A aposta era alta…perdemos! Eu por acreditar numa mentira, numa ilusão e tu por me fazeres acreditar que essa era a realidade!

E, agora que tranquei as portas e perdi a chave… a vida espreita, lá fora! Eu estou de volta…
By Primeiro Zum

quinta-feira, agosto 17, 2006

Nunca é tarde...


... para explicar a razão de uma atitude tomada, mesmo por muito estranha que pareça.

Talvez te devesse ter dito cara a cara - mesmo eu nao vendo onde estava a tua, estava escuro. Talvez!

Talvez por saber qual o efeito do álcool. Talvez por saber que graças a ele todas as meninas são bonitas, giras. Todas de dão tesão. Todas são boas para afinfar uma valente dose de satisfação sexual, bem aviada com direito a menu à escolha, como já tinhas aviadas tantas outras, sabe-se la quantas, de que maneira e onde.

Talvez, também, por eu saber que eu seria mais uma…Era um assunto que não me interessava, de facto!

Talvez muitas no meu lugar teriam desfrutado o prato e ate pedido para repetir antes de provar a sobremesa. Talvez ate te saltassem em cima antes sequer abrires a boca. Talvez… Ainda bem para elas…Felizes orgasmos pessoais.

Talvez…ainda vá a tempo de explicar porque não!

Beijos

Segundo zUm
(Baseado num excerto do livro Faz-me tudo o que quiseres de Miguel Castro)

sábado, julho 22, 2006




Com sapatuco novo, vou caminhando até ti Primeiro Zum!

Me aguarda!

Beijos

Segundo zUm

quarta-feira, julho 12, 2006

Bem sei que não temos aparecido muito... mas não é por mal!!! Nós gostamos muito de vocês e dos vossos olhos! No entanto, a vida em Zumbido tem andado turbulenta. São muitos zzzz e ZZZZ e zzzz e mais ZZZZZ... Enfim!!!
Queria comparilhar um texto do MEC que é já sobejamente devem conhecer, no entanto, porque ainda hoje me apela ao coração e ao sentir... lá vão gramar com ele!!!
By Primeiro Zum
"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas.Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.
O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e é mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem.
A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.
Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, banançides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso.
Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade.Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. é uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra.A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente.
O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessýria. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz.Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não.
Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."

quinta-feira, junho 29, 2006


Só em jeito de actualização vou aqui dizer que a Triologia tem andado com muito pouco tempo para postar.

Os acontecimentos diários também não ajudam à inspiração. Nada acontece! É uma verdadeira tristeza. Mas eu ainda acho que isso é culpa do governo…. Será?

Bom, não sei o que dizer mais… ate mais e… voltem sempre!

Beijos
Segundo zUm

sábado, junho 17, 2006


Meninos e meninas, todos de pé a cantar os parabéns ao Primeiro Zum que ontem celebrou o seu 59º aniversário! Aaaaahhhhhhhhh treta, não vos vou dizer o número de anos, ela que vou diga se quiser.

PARABENS A VOCE
NESTA DATA QUERIDA
MUITAS FELICIDADES
MUITOS ANOS DE VIDA
ONTEM ERA DIA DE FESTA
CANTARAM AS NOSSAS ALMAS
PARA A MENINA PRIMEIRO ZUM
UMA SALVA DE PALMAS

Muitos parabéns, tudo de bom, muitas saudinha, muita vidinha e tudo e tudo e tudo

Beijos

Segundo zUm

terça-feira, junho 13, 2006

Os depósitos...

"Quando fazemos "depósitos" de amor incondicional, quando respeitamos as leis básicas do amor, encorajamos os outros a viver conforme as leis básicas da vida." Calipso
Em outras palavras, quando amamos as pessoas de verdade, sem condições, sem restrições, fazemos com que se sintam seguras, fortes e queridas, bem como tranquilas quanto a seu valor intrínseco, identidade e integridade.
O seu processo natural de crescimento é encorajado. Tornamos mais fácil para elas viver conforme as leis da vida - cooperação, contribuição, disciplina interna, integridade - e viver de acordo com o que há de melhor dentro delas. Damos a liberdade para que ajam a partir de seus próprios imperativos, em vez de reagirem a nossas condições e limitações.
Isso não quer dizer ser permissivo ou condescendente. Estas atitudes significam um afastamento total. Damos conselhos, fazemos promessas, estabelecemos limites e consequências.
Mas, mesmo assim, amamos.

Quando violamos as leis básicas do amor - quando criamos limites e condições para este dom, estamos na verdade a encorajar as pessoas a violarem as leis básicas da vida. Levamos as pessoas a uma atitude defensiva, reactiva, onde elas sentem que precisam provar que "existem como pessoas, independentes de você".

Na realidade, elas não são independentes. São dependentes às avessas, outra forma de dependência, que se encontra no fundo do poço da Escala de Maturidade. Elas tornam-se reactivas, quase centradas no inimigo, mais preocupadas em defender seus "direitos" e dar provas de sua individualidade do que ouvir proactivamente e honrar seus próprios imperativos internos.

A rebeldia é um nó no peito, não na mente. O segredo é fazer depósitos - depósitos constantes de amor incondicional.
Stephen R. Covey
By Primeiro Zum

A felicidade...

A felicidade é um estado permanente que não parece ter sido feito, aqui na terra, para o homem. Na terra, tudo vive num fluxo contínuo que não permite que coisa alguma assuma uma forma constante.
Tudo muda à nossa volta.
Nós próprios também mudamos e ninguém pode estar certo de amar amanhã aquilo que hoje ama. É por isso que todos os nossos projectos de felicidade nesta vida são quimeras.

Aproveitemos a alegria do espírito quando a possuímos; evitemos afastá-la por nossa culpa, mas não façamos projectos para a conservar, porque esses projectos são meras loucuras. Vi poucos homens felizes, talvez nenhum; mas vi muitas vezes corações contentes e de todos os objectos que me impressionaram foi esse o que mais me satisfez.
Creio que se trata de uma consequência natural do poder das sensações sobre os meus sentimentos. A felicidade não tem sinais exteriores; para a conhecer seria necessário ler no coração do homem feliz; mas a alegria lê-se nos olhos, no porte, no sotaque, no modo de andar, e parece comunicar-se a quem dela se apercebe. Existirá algum prazer mais doce do que ver um povo entregar-se à alegria num dia festivo, e todos os corações desabrocharem aos raios expansivos do prazer que passa, rápida mas intensamente, através das nuvens da vida?


Jean-Jacques Rousseau, in 'Os Devaneios do Caminhante Solitário'


By Primeiro Zum