sexta-feira, setembro 01, 2006

Viver “platonizado”

Em pleno estado de graça com a minha própria pessoa, dou por mim a pensar naquilo que na realidade me faz sentir viva. Criar e viver as minhas histórias inventadas faz-me reviver o passado. Quase como um bilhete de avião directo à minha infância. Destino esse onde não há preocupações nem arrelias. O único objectivo é chegar à cama completamente cansada e pronta para passar umas valentes horas a dormir descansadamente.

Estimular a minha cabeça, já quase adormecida, com a tua presença nessas histórias, é o mesmo que tomar um analgésico em dias de enxaquecas. Tu és a medicação mais eficiente de se tomar em qualquer parte do mundo, em qualquer situação, em qualquer companhia. És o mais doce remédio que alguma vez já provei.

… Quer dizer… não sei… eu nunca te provei! Mas, é aqui que se percebe a potência de medicação que tu és! Mesmo sem ser inserido consegue fazer efeito.

Mais uma vez a escrever sobre ti! Parece que já vi isto em algum lado.

Esta minha paragem faz-me aperceber que para além do meu “actor fetiche” és também a minha musa inspiradora.

Tudo o que é platónico tem sempre o seu estado de estupidez e obscuridade. Quando damos conta estamos a ser atacados pelo monstro da patetice, onde um sorriso, um abraço, um olhar, um toque, uma única palavra faz despoletar uma esperança inexistente. O mais engraçado é que gostamos de viver essa mesma ilusão. Imploramos por essa vivência. De tal forma que nos deixamos ser atacados pelo dito monstro que nunca avisa quando está para chegar. Quando damos conta, não só já chegou como, já se instalou naquele canto mais refundido do nosso coração frágil e carente.

Em tempo de férias, passeia-se por varias localidades, cidades, países, mas nada comparada com este roteiro mágico sem destino nem estadia marcada. Esta viagem demorada, tendo como ponto de partida o S. Luís e o ponto de chegada um destino desconhecido e sonhador, é sem margem para dúvidas, a mais engraçada que alguma vez já fiz. Alias, que ando a fazer.

Recebo de braços abertos, cabeça erguida e pés bem amarrados ao chão, um futuro brilhante e sorridente, contando, claro está, com a tua presença.

Um beijo

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Gosto da ideia de introduzir... fica mesmo bem...

terça-feira, 05 setembro, 2006  
Blogger Triologia do Zum zUm zuM said...

Até é bem provável que a ideia de introduzir fique mesmo bem. Conheço muito poucos os casos, as ocasiões e o locais onde não fique mesmo bem…porém, não obstante, não consigo perceber o porquê desse teu comentário, Anonymous… Questiono-me, terás tu lido bem o que foi escrito?

Beijos

Segundo zUm

terça-feira, 05 setembro, 2006  

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