2 Horas práticas de EMA

Tenho a narina esquerda tapada desde manha. Sinto-me cansada.
O professor brinca com as luzes e isto está a irritar-me. Agora quer repetir um excerto de um comentário. Está louco! Se não fosse ser um comentário do grande George Lucas julgo que iria tentar fechar a porta pelo lado de fora.
Lá fora deve estar frio. Mal por mal fico aqui dentro a ouvir um lunático cinematográfico, vestido de preto dos pés à cabeça e parecido com o Nuno Markl, que não pára de andar de um lado para o outro e quase que se desmancha todo pela ferocidade que gesticula enquanto divaga.
Agora está a contar os cortes de um qualquer programa da RTP. Olho à volta e estão todos com um ar sério a olhar para o falso Nuno Markl. Provavelmente ideias como “o que é que este tipo está a dizer?” ou “porque é que eu entrei? A Bohemia teria melhor sabor!” martelam nas suas cabeças cansadas e nauseadas com o cheiro, de quem não se lava, sentido na sala.
A narina está a chatear-me!
O barulho do lápis, a raspar na folha de papel, do gajo que está sentado atrás de mim, está a torturar-me o espírito e a cansar a minha boa paciência. Dá vontade de me virar para trás, pegar-lhe no lápis e parti-lo ao meio. Aproveitava o facto de estar frente a frente com o dono do dito e espetava-lhe uma murraça bem no centro da cara. Desde aquele comentário pseudo-intelectual sobre o cinema português, armando-se num pseudo-realizador revolucionário e entendido na matéria que sinto um desejo desmesurado em soltar os meus instintos selváticos. Em seguida, apertava a narina direita e usava a força que tenho para deitar cá para fora toda a ranhoca que tenho na narina esquerda. Agora começou a falar e lembrei-me que a voz dele também é irritante. Tem voz de menina do coro de Sto Amaro de Oeiras.
Às vezes sinto um arrepio nas costas que me congela a mão direita com que escrevo. A mão esquerda está quentinha porque está no meio das pernas gordinhas que me acompanham há uns bons e animados aninhos.
(passado 15 minutos):
Parei um pouco de escrever porque o senhor que está à minha frente todo vestido preto, esteve a falar comigo a incentivar-me a escrever. Coitado! Se ele soubesse as baboseiras que escrevo, de certeza que reformulava o que disse. Coitado! Tenho pena dele, mas agradeço a boa vontade.
Oiço a minha cama chamar por mim e parece que já estou a ver a minha gata a querer entrar para debaixo dos cobertores, para se sentir acompanhada e quentinha.
Antes de tudo ainda vou ter com o pessoal ao cafezinho do costume.
A aula está mesmo a acabar e a minha narina continua tapada. A diferença de temperatura entre as minhas mãos está agora mais acentuada. O gajo de trás já se cansou de riscar o caderno. O sósia do locutor de rádio continua a falar sobre algo que o resto da turma se recusa de acompanhar. A sala continua com um cheiro nauseabundo. E eu continuo a divagar, mas agora mentalmente.
Vou-me embora. Amanha será outro dia.
Beijos
Segundo zUm
O professor brinca com as luzes e isto está a irritar-me. Agora quer repetir um excerto de um comentário. Está louco! Se não fosse ser um comentário do grande George Lucas julgo que iria tentar fechar a porta pelo lado de fora.
Lá fora deve estar frio. Mal por mal fico aqui dentro a ouvir um lunático cinematográfico, vestido de preto dos pés à cabeça e parecido com o Nuno Markl, que não pára de andar de um lado para o outro e quase que se desmancha todo pela ferocidade que gesticula enquanto divaga.
Agora está a contar os cortes de um qualquer programa da RTP. Olho à volta e estão todos com um ar sério a olhar para o falso Nuno Markl. Provavelmente ideias como “o que é que este tipo está a dizer?” ou “porque é que eu entrei? A Bohemia teria melhor sabor!” martelam nas suas cabeças cansadas e nauseadas com o cheiro, de quem não se lava, sentido na sala.
A narina está a chatear-me!
O barulho do lápis, a raspar na folha de papel, do gajo que está sentado atrás de mim, está a torturar-me o espírito e a cansar a minha boa paciência. Dá vontade de me virar para trás, pegar-lhe no lápis e parti-lo ao meio. Aproveitava o facto de estar frente a frente com o dono do dito e espetava-lhe uma murraça bem no centro da cara. Desde aquele comentário pseudo-intelectual sobre o cinema português, armando-se num pseudo-realizador revolucionário e entendido na matéria que sinto um desejo desmesurado em soltar os meus instintos selváticos. Em seguida, apertava a narina direita e usava a força que tenho para deitar cá para fora toda a ranhoca que tenho na narina esquerda. Agora começou a falar e lembrei-me que a voz dele também é irritante. Tem voz de menina do coro de Sto Amaro de Oeiras.
Às vezes sinto um arrepio nas costas que me congela a mão direita com que escrevo. A mão esquerda está quentinha porque está no meio das pernas gordinhas que me acompanham há uns bons e animados aninhos.
(passado 15 minutos):
Parei um pouco de escrever porque o senhor que está à minha frente todo vestido preto, esteve a falar comigo a incentivar-me a escrever. Coitado! Se ele soubesse as baboseiras que escrevo, de certeza que reformulava o que disse. Coitado! Tenho pena dele, mas agradeço a boa vontade.
Oiço a minha cama chamar por mim e parece que já estou a ver a minha gata a querer entrar para debaixo dos cobertores, para se sentir acompanhada e quentinha.
Antes de tudo ainda vou ter com o pessoal ao cafezinho do costume.
A aula está mesmo a acabar e a minha narina continua tapada. A diferença de temperatura entre as minhas mãos está agora mais acentuada. O gajo de trás já se cansou de riscar o caderno. O sósia do locutor de rádio continua a falar sobre algo que o resto da turma se recusa de acompanhar. A sala continua com um cheiro nauseabundo. E eu continuo a divagar, mas agora mentalmente.
Vou-me embora. Amanha será outro dia.
Beijos
Segundo zUm
P.S. EMA = Ecónomia dos Meios Audiovisuais
5 Comments:
Em vez de teres tirado só a manha devias ter tirado o dia todo e espairecido. Assim n ias bulir de tarde, e n ias às aulas a noite!
Até quando tenho eu te ensinar esta juventude...
Mas se eu não tivesse ido às aulas não teria o qu escrever :p
Beijos
Segundo zUm
Aula animada essa.... no meu tempo fazia desenhos... sim... burrinho como sou só mesmo desenhos, dezenas e dezenas de desenhos...
o jogo do galo sempre foi uma solução que eu arranjei. Esse, a Batalha Naval e mais recentemente aquando do curso jogar no telemóvel... :D
2º zUm quando deixas de escrever por uma boa causa (neste caso o deixar de ir as aulas) a malta perdoa e não leva a mal.
Para tal bastava teres dito "não tenho assunto para post porque não fui às aulas". :D
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