Viajar até ao Alentejo...

Quem me dera voar…

Ultimamente as viagens têm sido infernais, pela quantidade diabólica de quilómetros que tenho feito, quer por motivos pessoais, quer por motivos profissionais. Os roteiros permitem-me ir até ao Alentejo sem ter de atravessar Lisboa, e cá vou eu, pensando em poupar sobretudo esperas e os stressacados alfacinhas.

A palavras chave dá pelo nome de A13… (Marateca- Santarém) São apenas 74km de estrada, melhor, de rectas intermináveis, que permitem acelerações nunca vistas, não sei como os tunnings e afins ainda não descobriram esta maravilha. Mas, pior, é mesmo o movimento, ou a falta dele. Este fim de semana, quando de regresso, asfaltei aquele percurso, apenas passei por quatro automóveis (QUATRO!!!!), sendo um deles, o da Brisa, outro que eu ultrapassei e dois deles que me fizeram o mesmo (rapazes, não é lá muito bonito ir a colar o ponteiro…e este ponteiro é duzentos e muitos, não só pela quantidade de cavalos a bordo, como também pela percepção, mas compreende-se, pelo tédio, quando se vai a ver, até eu apanho um susto pela velocidade a que vou… das “muito graves”). Mas acreditem que encontrar alguém é mesmo um achado… é quase um orgasmo estradal.

E, não se compreende lá muito bem, para quem possa sofrer do pecado da gula, pode sempre aproveitar as riquezas do Alentejo e combina-las com as Ribatejanas, no caso Almeirim, que me leva à minha saudosa infância, e onde se encontra o melhor melão lusitano, (no entanto e segundo informações paternas, Vila Franca, Azambuja e Vale de Cavalos, neste momento são os melhores, e maiores produtores, a começar a bombar nessas lides, está, pasme-se, a eterna Amareleja, Alentejana). A seguir a tâmaras com presunto, só mesmo o melão com o dito, e, pensar nisso, e no calor que se começa a sentir, e na degustação de tal combinação, é algo que se assemelha a um quase orgasmo gastronómico.

Pelo caminho ainda se viu duas cegonhas… simplesmente divinal… lá se vai o tédio, fica a contemplação!


By Primeiro Zum