Mudança de Estação
Um dia parece que tudo se complica…
Para te encontrar apenas “preciso de pneus e um volante”!
Espero-te do outro lado da rua, aquela em frente dos sonhos, perto do cruzamento entre a loucura e o desespero! Estou mesmo aqui à tua frente e continuo à tua espera… Estou sempre do outro lado da rua, como na tua vida… tão perto, que te oiço respirar, tão perto, que sinto o teu cheiro, mas tão longe que não te consigo tocar!
É sempre difícil retomar as químicas sentidas e olvidadas num qualquer passado… a eterna esperança de encontros do outro lado, lado que nunca se atravessa, por uma qualquer razão sem sentido…mas que simplesmente não acontece… seja pelo movimento desta rua, seja porque nela não existe qualquer passadeira que permita atravessá-la em segurança!
O mapa já há muito tempo se encontra desenhado, já há muito tempo que o X que nele se encontrava marcado foi descoberto, mas ainda falta, falta encontrar a chave, essa chave, que apodreceu no caixote das recordações.
E, cada vez que volto a essa rua, e, cada vez que te espero do outro lado da rua, os afectos renovam-se, e apesar de ser um momento feliz, é um momento impotente e incapaz de dar vida a algo que definitivamente parece ter adormecido!
Mas, porque na vida há sempre um “Mas”, preciso de muito mais que uns pneus e um volante, esses apenas te encontram, para te tocar tenho que me reduzir à essência do ser e do sentir, e atravessar a estrada, mesmo sabendo que corro o risco de atropelamento, ou de ser colhido por um comboio, tenho, nem que seja, de voar para o outro lado da rua, nem que este, seja como um qualquer voo de Ícaro, que queimou as asas de tanto se aproximar da Luz.
Para te encontrar apenas “preciso de pneus e um volante”!
Espero-te do outro lado da rua, aquela em frente dos sonhos, perto do cruzamento entre a loucura e o desespero! Estou mesmo aqui à tua frente e continuo à tua espera… Estou sempre do outro lado da rua, como na tua vida… tão perto, que te oiço respirar, tão perto, que sinto o teu cheiro, mas tão longe que não te consigo tocar!
É sempre difícil retomar as químicas sentidas e olvidadas num qualquer passado… a eterna esperança de encontros do outro lado, lado que nunca se atravessa, por uma qualquer razão sem sentido…mas que simplesmente não acontece… seja pelo movimento desta rua, seja porque nela não existe qualquer passadeira que permita atravessá-la em segurança!
O mapa já há muito tempo se encontra desenhado, já há muito tempo que o X que nele se encontrava marcado foi descoberto, mas ainda falta, falta encontrar a chave, essa chave, que apodreceu no caixote das recordações.
E, cada vez que volto a essa rua, e, cada vez que te espero do outro lado da rua, os afectos renovam-se, e apesar de ser um momento feliz, é um momento impotente e incapaz de dar vida a algo que definitivamente parece ter adormecido!
Mas, porque na vida há sempre um “Mas”, preciso de muito mais que uns pneus e um volante, esses apenas te encontram, para te tocar tenho que me reduzir à essência do ser e do sentir, e atravessar a estrada, mesmo sabendo que corro o risco de atropelamento, ou de ser colhido por um comboio, tenho, nem que seja, de voar para o outro lado da rua, nem que este, seja como um qualquer voo de Ícaro, que queimou as asas de tanto se aproximar da Luz.
By Primeiro Zum
posted by Triologia do Zum zUm zuM at quinta-feira, março 24, 2005
5 Comments:
O problema não é encontrar... O problema é deixar-se encontrar...
Muitos beijocas, e tu sabes que te adoro...
by terceiro zuM
Mais outra coisa as asas do Ícaro não se queimaram mas sim derreteram ao passar junto do sol...
Eu sei... mas até nisso sou teimosa!!!
Ícaro - Filho de Dédalo. Foi encarcerado no labirinto juntamente com seu pai. Dédalo ao ver-se aprisionado, construiu para si e para seu filho umas asas. Colou-as ao corpo com cera e levantaram voo para escaparem da prisão. Dédalo, contudo, avisou o filho que não devia voar nem muito baixo em muito alto, pois se o fizesse estava sujeito a arriscar a vida. Mas Ícaro, que não ouvia ninguém, quis voar tão alto que quando se aproximou do Sol viu derretida a cera que segurava as asas ao corpo e, mercê disso, caiu no mar, onde acabou por morrer.
Beijo
Recorda-se sempre algo que já não se tenha. É esse o sinónimo que eu tenho de recordação. É o saber que um dia algo já nos pertenceu e que presentemente nada temos. É, então, aí que entra a recordação. Para nos fazer lembrar deste ou daquele momento.
Esta vida é uma passagem tão curta…
Tens a certeza que queres ser a chave que apodreceu no caixote das recordações??!
Tens a certeza que queres ser apenas uma mera recordação??! Deixada algures num tempo e num espaço desperdiçado??!
Segundo zUm
P.S. – Muda a Estação!
O comentário anterior é para aquele que está no outro lado da rua.
Olha, olha estou ali a ver ao fundo uma passadeira. Podes atravessar.
Segundo zUm
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