O Tempo...

Quando penso no Tempo, aquele que demora a passar ou naquele que num instante já acabou, lembro-me sempre de um local onde gostaria de estar… e nada de praia, sol, bikinis, ou óleos de bronzear (como odeio o cheiro de todos eles…) nada disso, gosto mais de andar de nariz pregado nas nuvens, a olhar as torres que rasgam os céus, gosto da história que os Humanos nos contam através da arquitectura… gosto sobretudo de monumentos religiosos. Sempre me fascinaram e nos últimos tempos são uma forma de evasão, um momento introspectivo que se impõe, ou outras vezes apenas uma calma que se procura.
Um dos locais de sempre e de todo o ser é a Sé Velha em Coimbra… sim aquela onde se trovam as mais belas serenatas do mundo, as Únicas! Mas, para quem já teve a oportunidade de entrar, sentar-se e apenas escutar o silêncio, é supremo…escutar apenas o vazio, que limpa a alma, regenera-a…é como se, por momentos, a vida lá fora deixasse de existir, como se, por momentos, pudéssemos tocar no divino, porque uma presença para além da razão humana existe ai, em cada pedra, em cada lápide… como se “alguém” nos murmurasse ao ouvido uma qualquer mensagem que não conseguimos decifrar, apenas sabemos que nos faz cócegas na alma, um momento único, tal como cada um de nós!
Cresci sendo católica, fui à catequese e fiz todas aquelas coisas que as supostas meninas de bem tem de fazer, mas acho que cedo me apercebi que por ali haviam histórias mal contadas… E, é certo, que nos momentos que correm todos compreendem que há certas coisas que pura e simplesmente não tem qualquer razão de ser… uma delas, e nem sequer nada polémica, é o acto da confissão… que tem a sua origem na inquisição, e deu causa a inúmeras mortes na fogueira, hoje a praça publica é outra, apenas sem lume ou isqueiros… Mas lembro-me que das primeiras vezes que me confessava, conjuntamente com as/os outros pecadores delineávamos estratégias … “ Que pecados vais dizer, tu?” perguntávamos uns aos outros e aproveitávamos um ou outro pecado que ouvíamos… Enfim, nas crianças não há dimensão do pecado…Acho que mesmo hoje em dia essa dimensão não existe… deve ser uma outra realidade, da qual se insiste em não fazer parte.
Mas, por enquanto, estes momentos de refúgio estão longe… a vida… e o seu tic-tac impõe outras obrigações, outros deveres, aos quais devemos dar resposta… e a única preocupação é o Tempo que o S. Pedro nos dá… mais um guarda-chuva, menos umas luvas, mais um chapéu, mais umas botas!
Nestas alturas apenas me apetece ficar em casa, a ouvir essa chuva “quase divina” mais não seja pela quantidade de preces feitas, com uma boa banda sonora quase imperceptível, uma caneca de chá e a minha sempre fiel manta azul e com um abraço doce como companhia, onde as nossas únicas preocupações seriam o Tempo que o tempo leva… aquele que num instante já acabou!
By Primeiro Zum
2 Comments:
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