domingo, dezembro 18, 2005

O Caminho!

Posted by Picasa
“O caminho faz-se caminhando.”

Descobri… é o tempo que faz o verbo! Algo neste tempo que o Inverno gélido nos traz, algo que esta solidão nos impõe! Talvez a beleza que se poderia encontrar se ofusque nos defeitos que nem as máscaras conseguem ocultar. Esses, os tais, tão sabiamente destacados num qualquer folhetim…

Mas… esse Caminho… só pode ser outro, e o Caminho, por si só, pode ser uma imensidão de Pensar e Sentir! Tudo se inicia, tudo termina… o turbilhão não deixa repousar a sanidade! Pensa, Pensa, Sente, Sente! E, volta a Sentir, e a Pensar! Será que alguma vez se poderá decidir? Será que convém? Talvez o melhor seja encontrar um equilíbrio, para que a convivência entre ambos seja serena. Mas o que será essa coisa do Equilíbrio? E, será uma vivência equilibrada a mais feliz?

Voltamos ao caminho… olha-se em frente e respira-se fundo… os olhos erguem-se vagarosamente, e começa o ensaio, ups, mas isto não é um ensaio! É a vida…, esse teatro de peças muitas das vezes inacabadas, outras por encenar, outras, ainda, com esperança de nunca virem a cena! Mas, gosto, sobretudo, do inacabado, do inalcançável, desse não-sei-quê que fica por dizer e viver, do espaço que fica entre “o eu e o tu”, esse espaço é divino, sublime, não nos pertence sequer…

Somos apenas palhaços que se movem presos por ténues fios de racionalidade, assentes em fragilidades débeis impostas pela emoção, alheados, muitas das vezes, de um qualquer sentir que não encontra expressão nas palavras… As pancadas ainda nem sequer soaram na última fila!

Mas “Caminhando” ensina-me a caminhar em frente, mesmo que os passos sejam para trás, espantar-me com qualquer decisão quando me esbarro na encruzilhada, avançar num qualquer “verde-tinto”, ou travar à velocidade da luz… ou simplesmente ficar parado, à espera que algo aconteça, o que não me apraz nada! Mas, a aprendizagem leva-me a concluir que pode ser sábio, isso, do nada fazer…


E, que luz será essa? Terá algum brilho especial?

Não será apenas o caminho a querer provar-nos que a Luz somos nós, e que percorrer esse “caminho caminhando” seja a única forma de o descobrir. E tudo quanto, agora, nos resta é esse brilho quente que deixamos na lembrança de alguém a quem dizemos um “até já”.


By Primeiro Zum