segunda-feira, fevereiro 28, 2005

O EGOISMO NATURAL DO SER HUMANO


É triste quando nos esforçamos e não nos dão o devido valor.
Às vezes nem é muito necessário darem-nos o devido valor. Basta, apenas, um pequeno gesto de reconhecimento, ou até mesmo, um simples “ OBRIGADO “ ou um ingénuo “ Heim,... Muito fixe... muito fixe mesmo! “
Só acho estranho, de facto, comentários do tipo “Aviso-te com duas semanas de antecedência…” e depois “dar de pino”.
?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!??!?!? Não percebi!
São as pequenas atitudes que fazem da pessoa um grande ser humano.
É pena nem sempre nos lembrarmos disso.
Eu própria, muitas vezes por medo, vergonha ou eté mesmo “ graças “ ao meu estupido orgulho, não valorizo com essas pequenas presenças as pessoas que me rodeiam. Mas o que é certo é que espero sempre isso dos outros e fico triste quando não recebo essas pequenas valorizações.
É assim a vida!
Queremos receber, mas não nos lembramos que dar já é receber.
É o chamado egoismo natural do ser humano.

"Un egoísta es una persona de mal gusto, con más interés en sí mismo que en mí." (Ambrose Bierce)

Desculpem. Isto é apenas um desabafo. Talvez sem sentido e inverosímil, mas é o que me sai da alma.

by Segundo zUm

domingo, fevereiro 27, 2005

PUTA DE VIDA! VIDA DE PUTA!




Uma noite – Um corpo. Outra noite – Outro corpo.
Uma noite – Uma promessa. Outra noite – Outra promessa.
Uma noite – Um desejo. Outra noite – Outro desejo.
Uma noite – Uma vida. Outra noite – Nunca se sabe…

É assim que eu vejo a vida daquela a quem eu me referia quando era mais nova: Partido Utilitário em Tamanho e Altura: PUTA!
Uma vida com tudo e ao mesmo tempo com nada.
Muito dinheiro, muita droga, muita liberdade, muitos conhecimentos.
Conhecimentos esses dispensáveis.

Olhar para as pessoas com um sentimento de culpa. Andar, durante todo o dia, com a sensação que se está suja. Saber que se é vista, apenas como um objecto sexual. Nunca ter amigos decentes. Não saber, sequer, o que significa a Amizade! Puta de vida! Vida de puta!

Apesar de tudo, não consigo saber o que mais me impressiona. Se a vidinha de “cano de esgoto” destas gajas, se o desejo desenfreado dos homens em “come-las”, não olhando ao aspecto nojento com que elas acabam por ficar.

E é no auge da minha juventude que faço um apelo: larga essa vida de puta!

by Segundo zUm

Para ser um pouco diferente!!!... Vale a Pena!

'Tás farto de ver sempre o mesmo?!
Queres algo de novo, mas não sabes bem o quê?
Então clica no link e verás um mundo bem diferente!

Este Link: SAND ANIMATION


Podem bisbilhotar à vontade.



Segundo zUm

O Cinema

Há filmes que existem apenas com a talha dos Óscares… o perfil exacto para sair vencedor da noite mais memorável de e para Hollywood. Um dos casos, desta noite, é o “The Aviator”.

Sentada, com as sempre calóricas pipocas, das quais sou uma das mais acérrimas devoradoras, e sempre com uma companhia, pois, não concebo a ida ao cinema, sem uma companhia... tenho assistido a alguns filmes… e, desses alguns, em que o Leo tem participado. Apesar de ser, ao que julgo ser, a primeira nomeação dele para um Óscar, este não apresenta uma das suas melhores representações. Lembro-me com saudade da suas brilhantes interpretações nos “Gangs of NY” ou nos intermináveis sorrisos que me provocou no "Catch me if you Can”. Dois filmes que vi num fim de semana cinéfilo e de uma assentada.

Mas, a sair-se vencedor, tal como já foi este ano, é um vencedor por todos os filmes em que já participou, um género de recompensa “por cá andares, rapaz!”, e não apenas pela interpretação no “The Aviator”.

Talvez a Academia tenha começado a perceber que o Leo há muito que deixou a imagem de "TiTanic" e de todos os inconvenientes que isso acarretava… e este seja o prémio merecido por aquilo que de lá para cá ele tem feito… principalmente na tentativa de deixar a imagem de “menino bonito”, imagem essa que cola, e parece que não desgruda! Mas actores como ele viveram do mesmo sindroma, com maior ou menor utilização, com maior ou menor sucesso, como o Tom Cruise ou o Brad Pitt, e hoje, ambos, são o que são!

E, assim, logo, à noite, espero que “the Oscar goes to…”


By Primeiro Zum

sábado, fevereiro 26, 2005

A NOSSA LUZ



Lado a lado, caminhando com a certeza que na vida nada nos é dado, conto com a presença da luz amiguita!Com a luz que me guia e até me guarda. Mas, incompreendidamente, tem insistindo em ficar apagada.E, sem saber porquê dá um pulo de existência. Assim, com a mesma rapidez que rasga um raio de luz...se apaga e me deixa completamente ás escuras sem saber por onde ir, em quem me segurar....Incrivélmente, quando de novo decide aparecer acesa, estou num caminho que afinal é o correcto.Faz-me pensar que às vezes é necessário a nossa luz se apagar para sozinhos descobrirmos por nós próprios qual o caminho certo, qual o rumo certo. Porque se acreditarmos em nós mesmos, nós seremos capaz, nós conseguimos vencer.É preciso saborear a vida com todas as dores e alegrias que ela nos dá, pois é isso que nos faz sentir que estamos vivos.

Segundo zUm

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

O Tempo...



Quando penso no Tempo, aquele que demora a passar ou naquele que num instante já acabou, lembro-me sempre de um local onde gostaria de estar… e nada de praia, sol, bikinis, ou óleos de bronzear (como odeio o cheiro de todos eles…) nada disso, gosto mais de andar de nariz pregado nas nuvens, a olhar as torres que rasgam os céus, gosto da história que os Humanos nos contam através da arquitectura… gosto sobretudo de monumentos religiosos. Sempre me fascinaram e nos últimos tempos são uma forma de evasão, um momento introspectivo que se impõe, ou outras vezes apenas uma calma que se procura.

Um dos locais de sempre e de todo o ser é a Sé Velha em Coimbra… sim aquela onde se trovam as mais belas serenatas do mundo, as Únicas! Mas, para quem já teve a oportunidade de entrar, sentar-se e apenas escutar o silêncio, é supremo…escutar apenas o vazio, que limpa a alma, regenera-a…é como se, por momentos, a vida lá fora deixasse de existir, como se, por momentos, pudéssemos tocar no divino, porque uma presença para além da razão humana existe ai, em cada pedra, em cada lápide… como se “alguém” nos murmurasse ao ouvido uma qualquer mensagem que não conseguimos decifrar, apenas sabemos que nos faz cócegas na alma, um momento único, tal como cada um de nós!

Cresci sendo católica, fui à catequese e fiz todas aquelas coisas que as supostas meninas de bem tem de fazer, mas acho que cedo me apercebi que por ali haviam histórias mal contadas… E, é certo, que nos momentos que correm todos compreendem que há certas coisas que pura e simplesmente não tem qualquer razão de ser… uma delas, e nem sequer nada polémica, é o acto da confissão… que tem a sua origem na inquisição, e deu causa a inúmeras mortes na fogueira, hoje a praça publica é outra, apenas sem lume ou isqueiros… Mas lembro-me que das primeiras vezes que me confessava, conjuntamente com as/os outros pecadores delineávamos estratégias … “ Que pecados vais dizer, tu?” perguntávamos uns aos outros e aproveitávamos um ou outro pecado que ouvíamos… Enfim, nas crianças não há dimensão do pecado…Acho que mesmo hoje em dia essa dimensão não existe… deve ser uma outra realidade, da qual se insiste em não fazer parte.

Mas, por enquanto, estes momentos de refúgio estão longe… a vida… e o seu tic-tac impõe outras obrigações, outros deveres, aos quais devemos dar resposta… e a única preocupação é o Tempo que o S. Pedro nos dá… mais um guarda-chuva, menos umas luvas, mais um chapéu, mais umas botas!

Nestas alturas apenas me apetece ficar em casa, a ouvir essa chuva “quase divina” mais não seja pela quantidade de preces feitas, com uma boa banda sonora quase imperceptível, uma caneca de chá e a minha sempre fiel manta azul e com um abraço doce como companhia, onde as nossas únicas preocupações seriam o Tempo que o tempo leva… aquele que num instante já acabou!

By Primeiro Zum

PROCURA-SE

Numa atitude de Desespero a Triologia do Zum zUm zuM faz um apelo aos mais incautos, procura-se o Terceiro zuM... Onde Estás?

SÓ PARA DESCONTRAIR UM POUCO



É graças às inúmeras horas que passo atrás de um balcão, que reparo nos mais diversos comportamentos de todos aqueles mortais que por ali passam;
Frases sem nexos, perguntas parvas, respostas estúpidas, reacções completamente estranhas, enfim, tudo e tudo que me faz rir e pensar que tanta gente insana anda espalhada por este mundo fora (e dentro, LOL).
Julgo que também se rirão e, arriscarei a dizer que, até vos estou a ver a abanar a cabeça para a frente e para trás como que a dar-me razão.
Não sei se concordarão comigo mas a frase que tenho apanhado com alguma regularidade é: “Olha, é assim...” Independentemente do assunto, do local ou da hora “Olha, é assim...” “tipo” “o que é isso?”
Bom, mas este “o que é isso?” é dito de uma forma muito especial. Qualquer coisa como “quéiss?” algo deste género que a correcção ortográfica do meu Word nem conhece.
Agora, a frase mais mediática de todas, todas, todinhas é, sem sombra de dúvida, aquela que me dá vontade de largar um sorrisão bem cínico, fazer um “ok” com a mão direita (tipo [cá está o “tipo”] Rui Unas) e dizer “sim, sim, eu no final até lhe dou dinheiro de volta para a senhora levar algum artigo do estabelecimento”
“OLHE, É ASSIM…NÃO TEM NADA MAIS BARATO? É QUE, TIPO, EU TENHO ADSE, MULTICARE, MEDIS E AINDA TENHO O CARTÃO 65. COM TUDO ISSO CONSIGO ARRANJAR ALGUMA COISA MAIS BARATA, NÃO CONSIGO?”
É neste preciso momento que vocês tentam imaginar o movimento que o Fernando Rocha faz com a cabeça quando diz “Ladies and Gentlemen’s”, e dizem alto e em bom som, com aquele sotaque bem esquisito a tal palavra que o Word insiste em não conhecer:
“QUÉISS?!?”
Isto foi só um excerto... Depois mais tarde vem mais. :)
Temos que levar a vida a rir, por muito que às vezes nos custe.
by Segundo zUm

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Quero...



Quero sentir que tudo esta bem
Quero sentir a levesa do teu sorriso
Quero que me digas que tenho valor
Quero um carro
Quero sentir-me amada por todos
Quero voar
Quero férias
Quero descansar
Quero parar e continuar
Quero ser boa em tudo e para todos
Quero ter valor
Quero aprender
Quero dizer que não e dizer que sim
Quero dizer "PÁRA"
Quero dizer "AVANÇA"
Quero saber viver comigo e com todos
Quero saber ouvir
Quero ouvir
Quero esperar e saber esperar
Quero falar
Quero que me oiças e me entendas
Quero uma vida com sentido
Quero um sentido para a vida
Quero dormir
Quero ser gente
Quero aprender a ser gente
Quero ser eu e que te agrade
Quero ser eu contigo perto de mim
Quero viver e deixar viver
Quero..
by Segundo zUm

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Já chega de merdas, não?!



Foi com uma enorme tristeza que vi hoje o telejornal. Booolas, já chega! O que é que passa pelas cabeças daquelas estúpidas babysitters para baterem em crianças? Criaturas com poucos meses de vida que nos fazem pensar que, de facto, a vida é bela.
Estas gajas (chamo gajas para não chamar de pior) deviam ser torturadas. Como é que alguém concebe que este tipo de gente ande "à vontade" como se de pessoas normais se tratasse? Pelo amor de Deus. Já chega de merdas, não?!

by Segundo zUm

As Apostas!

A vida tem coisas naturalmente inexplicáveis… mas será que tudo na vida é susceptível de ter explicação?

É nestas alturas que me lembro do meu professor de Matemática do Sexto ano, aquele com quem aprendi a Detestar essa bela disciplina e, por apenas pudor e decoro, proíbo-me de revelar a alcunha, que lhe servia como uma luva…Pois bem, ele “sabiamente” ensinava que as equações não tinham explicação (coisa que eu insistia em explicar-lhe de volta em todos os testes…mas acho que ele nunca aceitou muito bem as minhas “não explicações” para as equações, primos, e afins… pelo menos, era o que as notas me “explicavam”! Essas sim, esclarecedoras… principalmente, no momento fatídico em que o “encarregado de educação” tinha de os assinar no canto superior esquerdo…


Toda esta volta ao baú tem um propósito, tentar compreender o porquê de certas atitudes, que os seres humanos insistem em ter… um delas: “As Apostas”! E, não me refiro ao Euro Milhões (que até tem alguma coisa a ver com o caso latente), nem às corridas de cavalos, nem mesmo, às apostas de casino… Refiro-me aquelas feitas entre os teimosos, obstinados, persistentes, (já mencionei teimosos?), pois bem, são a essas mesmas a que me refiro, as que insistem em não recalcar a criança que há dentro de cada um de nós!


Chegados aqui, cumpre dizer que, entre nós, existem duas pessoas que celebraram uma dessas apostas, que tem os seguintes contornos: num dia especial marcado na agenda de todos os anos, algo terá de acontecer… Um Momento… Um Sim… Um Sonho… (ou a fantasia inalcançável, inatingível e inacessível) mas desenganem-se não está nas mãos dos apostadores o controlo… talvez, por isso, tudo se torne tão emocionante…talvez só esteja na mão daqueles que relativamente aos quais “ não há dúvida que esse monstruoso e assustador sentimento que os mais alucinados chamam de AMOR é um doce veneno de se tomar e uma amargura adocica de se sentir.” Pronto … A esses!!!

O mais emocionante é o cumprimento da aposta pelo perdedor… pagar um jantarito num sítio à escolha do vencedor… e, por enquanto, apenas alguns alfinetes já foram colocados no mapa-mundo, sendo que os pormenores da escolha ainda não estão delineados.

Daí o meu apelo… o de vencedor… Claro! Prometo que na devida altura não me esqueço do discurso… e de vos incluir nele, mas, por enquanto, apenas necessito de sugestões para fazer valer o meu “ prémio” tão arduamente conquistado.

Aceitam o desafio? Ou será que mais tarde todos vamos perceber que até mesmo as equações têm explicação?

By Primeiro Zum

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Da_Da Weasel - Coliseus - Lisboa e Porto - 18 e 26/2/05



Os preços de os bilhetes para estes dois espectáculos são os seguintes:

Lisboa 18 de Fevereiro


Camarote 2ªL - 12,50€, Camarote 1ªL - 15,00€, Plateia (pé) - 20,00€, Camarote 1ªC - 22,50€, Camarote 2ªC - 20,00€.

Porto 26 de Fevereiro


Geral - 10,00€, Galeria - 15,00€, Balcão Popular - 17,50€, Plateia (pé) - 20,00€ , Tribuna - 22,50€


"Em tempos de competição feroz, a tv é o algoz Que mais cabeças corta, o nível é atroz objectivo é ser famoso não é ser bom naquilo que se faz ninguém quer ser genial ninguém quer ser capaz não é preciso ter talento, apenas um palmo de cara quando há castings para bandas e ninguém sequer repára "

Primeiro zUm

sábado, fevereiro 19, 2005

Disparates e mais disparates...



Estava aqui a ler um livro de Steve Martin, mais propriamente “Puro Disparate”, e começo a pensar que para se ser humorista é preciso ser-se parvo, para se ser parvo é preciso ser-se criança, para se ser criança é sinal que ainda se cheira a leite. Conclusão: pode chamar-se ao humorista LEITEIRO.
Bom sempre é melhor que azeiteiro.
LOL! Estou a brincar! Não tenho nada contra à fábrica do fazer rir, muito pelo contrário. Eu até sou militante do Partido Gargalhada.
Só peço aos restantes confrades que voltem a este, mais conhecido, meio de comunicação o mais rapidamente possível e que se mantenham contactáveis, antes que saia nas revistas cor-de-rosa e afins, fotografias minhas de toalha à cintura com 2 gatos nas mãos a passear em cima da Ponte 25 de Abril.

Segundo zUm

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

ZumzUmzuM



A verdadeira cara dos autores deste maravilhoso Blog.
by Segundo zUm

Quem disse que eu não gosto de xaile?!

Conseguem vencer pelo cansaço...

Aqui vai a verdadeira história:

Foi engraçado! Fui apanhada de surpresa!
Assim que saí do carro em direcção ao Teatro fui logo absorvida por um nervosismo que vinha acompanhado por uma ânsia inexplicável. Sentimentos estes tão súbitos quanto estranhos, pensei!
Após algum tempo de espera, eis que chegou a minha vez na bilheteira. Respirei fundo e com um ar confiante disse que ia levantar um bilhete que estava reservado em teu nome. A moça lá teclou, até que um pequeno papel azul timbrado com um logótipo nada original a dizer “ Teatro S. Luiz “ começou a sair. Blá, blá, blá e mais a baixo, para os lados direitos no dito papel azul, conseguia ler-se “convite”: EXCELENTE!!! Ainda assim talvez não tão surpreendente visto que quase te obriguei a convidar-me.
Comecei a sentir o nervosismo a atacar-me mais e mais... Mas porquê?
Começou a peça! Aqui vou eu ver mais uma vez as tuas habilidades em palco... Ri, gargalhei, bati palmas. És um homem muito engraçado!
E ao fim de não sei quanto tempo de risada, a peça acabou. Manifestei pessoalmente um certo contentamento, devo confessar. É que de tanto rir durante toda a actuação, as bochechas e os abdominais passaram a músculos doridos.
Toda a assistência de pé, toda a gente a bater palmas, vocês no palco repletos de uma felicidade provocada pelo bom desenrolar da peça.
E eu?! Eu tinha de ir à tua procura, saber onde andavas. Tinha de te agradecer. Tinha de te ver bem pertinho de mim. Tinha de te abraçar.
Foi então que perguntei a um senhor, pouco simpático por sinal, que me ia respondendo com sete pedras na mão e com uma enorme ausência de um bonito e espontâneo sorriso, como poderia eu chegar até ti.
Encontrei a divisão que o “senhor simpatia” me tinha falado. A sala existia de facto. Talvez tivesse julgado mal aquele personagem ainda que possuísse um ar rude.
Pedi para te chamarem e passado pouco tempo apareceste diante de mim todo sorridente. O olhar de “ El Matador “que tinhas presente provocou-me uma impotência momentânea. Despiu-me e fez-me sentir tão incapaz quanto compenetrada, tão perdida quanto estupefacta. Acabaste comigo só com aquele olhar.
Foi como se tivesses entrado dentro da minha pessoa. Naquele momento a fome no mundo deixou de existir, as drogas deixaram de ser uma preocupação, a saída do Dr. Durão Barroso do Governo para a Presidência da Comissão Europeia deixou de ser notícia de última hora. O que importava era aquele olhar. O que foi “dito” através dele. Tudo mudou!
Falámos um pouco sobre a peça, agradeci o “convite” e retribuíste por eu ter aparecido. Foi então que me deste um abraço terno, doce. Posso dizer que foi o chi-coração mais apertado que recebi nos últimos tempos. Tu és muito querido! És mesmo muito querido!
Não sei que sentimento é este… (Voltei para casa confusa quanto aos meus sentimentos…) O que será? Sempre falei bem contigo e nunca me tinha sentido assim. Parece que estava escrito que tudo isto tinha de acontecer e o presságio foi o nervosismo que se apoderou de mim assim que saí do carro. Voltei para casa confusa quanto aos meus sentimentos.
De uma maneira curiosa acho que posso, pela primeira vez, referir o dia exacto em que me apaixonei por alguém. Adorava saber o que sentes. O que pensas. Adorava saber o teu dia – a – dia. O que acabas por fazer quando não tens nada programado. Se tens algum tempo para poderes estar de “papo para o ar”. Como eras na escola quando eras criança. As birras que fazias em casa. Se gostas de dormir com ou sem meias. Se preferes leite frio ou quente. Criei uma necessidade desmesurada de saber tudo sobre ti. Adorava estar contigo e abraçar-te.
E é logo pelo nascer do dia que tu apareces assim sem mais nem menos. Sem pedir autorização, entras no meu pensamento e nele insistes permanecer por longos e alegres minutos.
É nestas alturas que penso que a imaginação do ser humano é verdadeiramente fértil. Já te incluo em todas as minhas tarefas diárias. É como se já fizesses parte da minha vida.
De facto, é impressionante como um curto olhar pode mudar tudo. Tudo se altera! A maneira de ver as coisas, de as sentires, de te sentires a ti próprio!
Não há dúvida que esse monstruoso e assustador sentimento que os mais alucinados chamam de AMOR é um doce veneno de se tomar e uma amargura adocicada de se sentir. Como é que duas contradições tão grandes podem dar ao Homem um prazer de tal forma grandioso quando alguém lhe deita a língua de fora ao mesmo tempo que lhe pergunta “Como estás?”, ou quando, num acto completamente desconhecido à entidade “alucinada”, decide comprar uma camisa branca e mostrar a sua decisão de compra a mais de um milhão de pessoas?
Sem dúvida que, neste mundo de imortais, encontra-se muita coisa para a qual não existe explicação. É o caso desse sentimento que ultimamente tem insistido em me sugar e me manter com um ar de parvinha e... “ alucinada “ sempre que penso em ti…



Por ti, Por mim desejo que aos teus 30 anos eu possa olhar para ti e dizer "Venci!!!"



Segundo zUm

Mais depressa se apanha...

38 Anos... bem conservada, não?! Agora essa coisa de usar xaile.... hum... não cola mesmo, tens consciência disso, não tens?!

Conta lá a história e não sejas pinóquio...

by Primeiro Zum

terça-feira, fevereiro 15, 2005

Ao Dia dos Namorados (as)!

Hoje, dia 15 (o dia a seguir a 14 mas antes de 16) já tudo é possível… pensar que há um dia para Amar, parece, no mínimo, chocante… mas se pensarmos bem as nossas agendas são marcados por dias assim! Será que nesses dias damos voz às minorias… não politizadas… claro! Ele é o Dia da Mãe, o da Mulher, o Carnaval e ainda mais entediante o dia de Natal… tempos em que tudo parece cor de rosa e daqueles bem choque… a inteligência é obscurecida com as neblinas da boa vontade! Uma porra! E hoje inicia-se um aqui um Manifesto (e não contra o Dante) que pretende ser não mais do que a repugnância para os dias marcados na agenda, para todas e quaisquer manifestações de Amor, Carinho, Amizade ou outros, com hora certa!
No fundo, a conclusão é óbvia, a ser, sê-lo em cada minuto dos trezentos e sessenta e cinco dias que cada Primavera proporciona ao Ser Humano!
Aos meus amigos, poucos, que tenho no meu coração! A todos os meus namorados, que ajudaram a construir pedaços de mim! Ao meu nariz de palhaço! A todos os presentes que pretendo dar fora de prazo… E, claro, à minha mãezoca, que como qualquer um sabe, sem ela nada disto tinha sido possível… E este é o meu manifesto!

Primeiro Zum

No Abraço do Teu Olhar ! ...

Era suposto este conto ter como tema A PRESENÇA HUMANA NA ARQUITECTA, para assim ser submetido a uma classificação. Classificação essa que me iria dizer se passei à cadeira ou não. Pois bem...
Aqui está a minha mais recente criação:

“Tem piedade, dá-me uma moeda, tenho fome e não tenho nada para comer!”
Sim e depois? Que tenho eu a ver com isso? Por acaso o facto de ter fome e de não ter nada para comer dá-lhe o direito de se “colar” a mim e me importunar com os seus lamentos?! E mais, de me tratar por tu, como se nos conhecêssemos?!
É impressionante como o Largo do Chiado reúne sempre uma multidão de mendigos; quase parece o ponto de encontro dos sem abrigo.
Depois de ter ganho a corrida no labirinto de mendigos da Rua Garrett, consegui finalmente chegar ao meu destino: Armazéns do Chiado. Adoro toda esta época natalícia: as inúmeras luzes espalhadas por toda a cidade, árvores e árvores de Natal que ali são colocadas para benefício dos mais necessitados, todas as festas sociais também elas a favor da beneficiação, todas as roupas alusivas ao Natal, os cheiros enfim, tudo me encanta!
E foi com todo o meu ser de materialista que entrei no mais mediático Armazém de Lisboa. Devo referir o facto de estar uma tarde de Dezembro bem bonita; atrevo-me até a dizer que era uma pena desperdiçar assim uma tarde numa sessão de compras. Ainda assim, o dia 25 estava a chegar a passos largos e a vontade de gastar uns euritos era mais que muita. Por isso mãos à obra.
Comprei tanta coisa que os sacos quase não se seguravam nas mãos. E foi precisamente esta imagem que me fez acordar para a realidade: eu a sair dos Armazéns do Chiado, pronta a subir a rua e a passar novamente por todos os sem abrigo até chegar ao meu carro. Foi nesse momento que me deparei com um senhor que estava deitado no chão encolhido com frio. Naquele instante, e ao deparar-me com tal cenário, era como se me tivessem dado um valente soco no estômago. Senti-me tão pequenina e tão estúpida que a minha vontade era esconder-me.
Eu estava ali bem vestida, com boas roupas e quentinha desde os pés até à cabeça, cheia de sacos e sacos nas mãos. Do lado oposto, e mesmo à minha frente, estava aquele senhor, deitado no chão prestes a passar um Natal não só com frio mas com uma ausência enorme do seu significado.
Senti-me tão mal que se apoderou de mim um instinto de tirar o xaile que tinha por cima do casaco e colocá-lo por cima do mendigo. Ao mesmo tempo senti-me estranha e comecei a subir a rua como se tivesse perdida no tempo e no espaço. Subi o mais rápido que pude. Tinha a sensação de estar a ser observada por toda a gente.
Já novamente no Largo do Chiado entro na Igreja Italiana da Nossa Senhora do Loreto. Ali sentada no último banco começo a inundar-me de pensamentos. Fiz a maior retrospectiva da minha vida e tudo graças a algo que eu própria não sei explicar.
Reflecti o quanto sou egoísta e egocêntrica; talvez seja até por isso que ainda me encontro sozinha nesta vida. Já com 38 anos sou a única pessoa no meu ciclo de amigos que ainda não se casou.
E foi precisamente ali, a olhar para todas as imagens dos santos que aquela Igreja tinha que chorei durante largos minutos. Chorei por me sentir tão pequena, tão mesquinha. É impressionante como todas aquelas imagens, perfeitas obras arquitectónicas, olhavam para mim e me julgavam como se de pessoas reais se tratasse.
Após um período de lamentação, rezei à minha maneira (nunca fui à catequese e só tinha entrado em Igrejas para ir a Casamentos ou Baptizados), pedindo perdão a um Deus em cuja existência começava agora a acreditar, pedindo-lhe que me ajudasse a ser uma pessoa melhor para com os outros e a encontrar um homem que me faça mudar. Peguei nos sacos e fui coloca-los no carro. Com tudo o que tinha acontecido nem me fui apercebendo que as horas também passavam.
Como te tinha prometido de ir ver a tua peça de teatro que estava em exibição no Teatro Municipal S. Luiz, já nem fui a casa. O meu jantar ficou limitado a uma tosta mista e um sumo de laranja no “Café do Teatros”. O “Café dos Teatros” é um espaço que fica junto do Teatro S. Luiz, na Rua António Maria Cardoso. Um bom local para se descontrair e se estar a par de todos os eventos que estão na berra.
Acabei de jantar e a hora da peça chegou e, tendo pago, fui embora.
Foi engraçado! Fui apanhada de surpresa! Assim que saí do café em direcção ao Teatro fui logo absorvida por um nervosismo acompanhado de uma ânsia inexplicável. Sentimentos estes tão súbitos quanto estranhos, pensei!
Após algum tempo de espera, eis que chegou a minha vez na bilheteira. Respirei fundo e com um ar confiante disse que ia levantar um bilhete que estava reservado em teu nome. A moça lá teclou, até que um pequeno papel azul timbrado com um logótipo nada original a dizer “ Teatro S. Luiz “ começou a sair. Blá, blá, blá e mais a baixo, para o lado direito do dito papel azul, conseguia ler-se “convite”: EXCELENTE!!! Ainda assim talvez não tão surpreendente visto que quase te obriguei a convidar-me.
Comecei a sentir o nervosismo a atacar-me mais e mais... Mas porquê?
Começou a peça! Aqui estou eu presente mais uma vez para ver as tuas habilidades em palco... Ri, gargalhei, bati palmas. És um homem muito engraçado!
E ao fim de não sei quanto tempo de risada, a peça acabou. Manifestei, pessoalmente, um certo contentamento, devo confessar. É que de tanto rir durante toda a actuação, as bochechas e os abdominais passaram a músculos doridos.
Toda a assistência de pé, a bater palmas, vocês no palco repletos de uma felicidade provocada pelo bom desenrolar da peça.
E eu?! Eu tinha de ir à tua procura, saber por onde andavas. Tinha de te agradecer. Tinha de te ver bem pertinho de mim. Tinha de te abraçar.
Foi então que perguntei a um senhor, pouco simpático por sinal, que me ia respondendo com sete pedras na mão e com uma enorme ausência de um bonito e espontâneo sorriso, como poderia eu chegar até ti.
Encontrei a divisão que o “senhor simpatia” me tinha falado. A sala existia de facto. Talvez tivesse julgado mal aquele personagem ainda que possuísse um ar rude. Pedi para te chamarem e passado pouco tempo apareceste diante de mim com um ar latente de felicidade. O olhar de “El Matador“ que tinhas presente provocou-me uma impotência momentânea.
Despiu-me e fez-me sentir tão incapaz quanto compenetrada, tão perdida quanto estupefacta. Acabaste comigo só com aquele olhar.
Foi como se tivesses entrado dentro da minha pessoa. Naquele momento a fome no mundo deixou de existir, as drogas deixaram de ser uma preocupação, a saída do Dr. Durão Barroso do Governo para a Presidência da Comissão Europeia deixou de ser notícia de última hora. O que importava era aquele olhar. O que foi “dito” através dele. Tudo mudou!
Falámos um pouco sobre a peça, agradeci o “convite” e retribuíste por eu ter aparecido. Foi então que me deste um abraço terno, doce. Posso dizer que foi o chi-coração mais apertado que recebi nos últimos tempos. Tu és muito querido! És mesmo muito querido!
Parece que estava escrito que tudo isto tinha de acontecer e o presságio foi o nervosismo que se apoderou de mim assim que saí do café. Fui para casa confusa quanto aos meus sentimentos. Serás tu o homem que me vai fazer mudar?! Será?!
Não sei! As duas únicas coisas que tenho a certeza e das quais posso falar são: em primeiro lugar da presença humana em toda aquela obra arquitectónica que me auxiliou e que de alguma forma me transformou; em segundo lugar, e de uma maneira curiosa, acho que posso pela primeira vez referir o dia exacto em que me apaixonei por alguém. É, de facto, impressionante como um pequeno olhar pode mudar tudo. Tudo se altera! A maneira de ver as coisas, de as sentir, de te sentires a ti próprio!
Não há dúvida que esse monstruoso e assustador sentimento que os mais alucinados chamam de AMOR é um doce veneno de se tomar e uma amargura adocicada de se sentir. Como é que duas contradições tão grandes podem dar ao Homem um prazer de tal forma grandioso?
Sem dúvida que, neste mundo de imortais, encontra-se muita coisa para a qual não existe explicação: o Amor e A PRESENÇA HUMANA NA ARQUITECTURA!

by Segundo zUm

Aí a saudade...

Fa... chega até cá... para eu te dar um abraço!

Primeiro Zum

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

Programa 0

E assim começou a vida num Blog....
Primeiro Zum, Segundo zUm e Terceiro zuM.

Mensagem Zero

Deus só põe no nosso coração tudo aquilo que conseguimos alcançar!
Primeiro Zum